O Hospital Regional do Gama – DF atende além da população locais
outros pacientes que vem do entorno, o que causa a superlotação ao
atendimento.
Grandes meios de comunicação costumam culpar responsáveis dos hospitais secundários pela demora no atendimento. Com isso a comunidade passa a acreditar que os culpados são os médicos, que a saúde pública no DF esta precária. Para mostrar um pouco dos bastidores e mostrar o que realmente acontece "por de trás das cortinas" do Hospital Regional do Gama entrevistamos o diretor José Roberto de Deus Macedo.
Quando o paciente da entrada no hospital ele passa pela triagem, que é o procedimento feito para determinar a prioridade do atendimento com base na gravidade do estado do paciente. "Os pacientes pegam uma classificação que vai de cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul na sequencia que estou falando é ordem decrescente de gravidade. Então se o paciente chega aqui convulsionando, vítima de trauma, vítima de tiro, em parada cardíaca ele é atendido imediatamente. Dentro dessa classificação eu tenho um paciente que é atendido imediatamente se existe um risco iminente de vida como o paciente que ele nem sequer consegue ser atendido, que é o paciente que ele vem pra cá com uma queixa mínima. Nós não temos uma quantidade de medico suficiente para atender todo o publico que procura o pronto socorro." Diz doutor José Macedo.
Segundo doutor José, o objetivo dos hospitais secundários é atender casos graves, ou seja, os que são classificados com as cores vermelhas e laranja. Casos mais simples podem e devem ser tratados em postos de saúde ou com a equipe de pronto socorro - Médico da família.
A demora de atendimento então é causada em grande parte dos casos pela falta de instrução aos pacientes. Alguns com classificação de baixo risco acabam procurando atendimento nos hospitais secundários ou de base por falta dessa instrução e acabam causando a superlotação e a demora no atendimento. "As pessoas que adentram ao Distrito Federal em busca de assistência social sendo que não tem em seus municípios de origem. Com relação ao Gama, Valparaíso de Goiás, Novo Gama, Luziânia até Cristalina no máximo... esse pessoal não consegue atendimento nos seus municípios e vem pra cá."
Ainda de acordo com o diretor, o HRG (Hospital Regional do Gama) sua área de cobertura é de um milhão e oitocentos mil habitantes. Com isso fica impossível que o hospital tenha demanda para todos que o procura. Além de vir pessoas do Goiás, muitos habitantes da Bahia também buscam por atendimento no HRG. Muitas vezes a mídia aponta o problema, mas se esquece de ir atrás de respostas que possam justificar o porquê algum problema esta acontecendo.
Ao contrario do apregoado pela grande mídia, nem tudo é tão ruim assim. O HRG, hospital da criança entre tantos outros é um dos mais elogiados no mundo inteiro. Pensando assim e comparando o SUS do DF com os dos demais estados pode-se afirmar que se tem ali um bom sistema de saúde, mesmo este precisando de melhorias.
#AnaVitoria
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